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Nosso papel de militante é cada vez maior

Escrito po: Miriam Andrade – Presidente CUT/PA e Secretária de Formação da CNTSS/CUT

19/03/2010

•Miriam Andrade

Chego a conclusão que as datas históricas, principalmente aquelas que chamam a atenção de toda a sociedade e principalmente da mídia, é a grande oportunidade que temos para dar uma parada no meio do caminho e fazer uma avaliação que muitas vezes nos escapa no corre- corre das demandas que temos todos do dias.

Estamos este ano, comemorando nada menos que 100 anos de lutas, história e conquistas das trabalhadoras do Brasil e do mundo, neste mês de março.

Não é pouca coisa que aconteceu neste século de lutas e infinitos desafios. Conquistamos o direito ao voto; conseguimos que fosse aprovado pela OIT - Organização Internacional do Trabalho, a igualdade de remuneração para homens e mulheres em funções iguais; Conquistamos o direito a Delegacia da Mulher para poder delatar os abusos da violência domestica praticada impunemente durantes séculos; a Lei Maria da Penha é um marco na luta contra a mulher em todos os tipos de violência; conseguimos a aprovação da lei que reconhece que a pratica de assédio moral nas relações de trabalho é crime; a Licença maternidade ampliada; igualdade de oportunidades, isso para citar algumas das muitas conquistas que tivemos.

Ainda assim, nós militantes, sindicalistas que passamos quase a vida toda lutando para a vitoria destas conquistas aqui citadas, ainda não podemos comemorar o Dia Internacional da Mulher em paz. Estamos muito distante de uma vida mais plena e satisfatória para a mulher trabalhadora. Ainda hoje debatemos com questões primárias e fundamentais que não foram resolvidas. Não podemos deixar de avaliar a diversidade de nossos estados e os padrões culturais regionais, sem falar de oportunidade de trabalho, acesso a escolaridade, etc. Muitas de nossas conquistas não encontram eco em muitos de nossos estados.

Precisamos mais uma vez ,ampliar nosso olhar, criar novas parcerias para poder manter nossas conquistas.

Iniciei minha militância no SindSaude/PA, na CNTSS/CUT e agora como presidente da CUT/PA, venho lutando incansavelmente pela igualdade de oportunidades para mulheres e homens, lutando para que os sindicatos realmente façam o seu papel que conhecer os problemas reais de seus associados e suas questões trabalhistas.

Como já falei anteriormente, estamos tendo hoje no país, vários partidos de aluguel. E disso não foge muito a questão sindical, onde é criado um monte de “sindicatinhos”, sem nenhuma percepção da luta sindical, da luta da categoria, buscando somente usufruir dos benefícios advindos do apoderamento deste espaço. Para poderem ter visibilidade política, criam espaços para si mesmos, sem conhecer os problemas reais de seus associados, sem se preocupar com as questões trabalhistas e cotidianas de seus filiados, sem fazer a luta da base.

Então qual é o nosso papel? Nós que sempre lutamos para ampliar a representatividade perante a base? Temos que correr atrás. Nós da CNTSS/CUT e CUT/PA ressaltamos mais uma vez que somos contrários ao imposto sindical, somos sim favoráveis à contribuição negocial, discutida e decida pelos próprios trabalhadores em assembléias amplamente divulgadas.

Dessa forma, somente sobreviverá quem tiver a capacidade de mobilizar , ter coragem para ir, seja onde for, atrás dos nossos trabalhadores (as) , ouvir suar reivindicações, suas necessidades, ser realmente o representante dos trabalhadores perante os governos. Fora isso, tudo é figuração.
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