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Secretária de Políticas Sociais da CNTSS/CUT expõe a situação do Rio Grande do Sul em live sobre saúde e segurança do trabalhador

06/05/2020

Secretária, que também é presidenta do SERGS e enfermeira, aponta falta de EPIs e testes sobre contaminação, subnotificação de número dos infectados e cobra direitos dos trabalhadores

Escrito por: Assessoria de Imprensa da CNTSS/CUT

 

A secretária de Políticas Sociais da CNTSS/CUT – Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social e presidenta do SERGS – Sindicato das Enfermeiras do Rio Grande do Sul, Claudia Ribeiro da Cunha Franco, participou na quarta-feira, 29 de abril, de transmissão ao vivo, Live, para debater o tema “Saúde e Segurança do Trabalhador”, tendo como foco a pandemia motivada pelo novo coronavírus (Covid-19). A iniciativa partiu do deputado Valdeci Oliveira (PT/RS) e fez parte da programação do “Dia Mundial da Segurança e da Saúde no Trabalho”, 28 de abril, quando se homenageiam as vítimas de acidentes de trabalho.

 

A transmissão teve também como convidados o professor Luiz Scienza, do Instituto Trabalho Digno; Alfredo Elena Rodrigues, do Fórum Sindical de Saúde do Trabalhador do Rio Grande do Sul; Fábio Kalil, representando o CEREST – Centro de Referência de Saúde do Trabalhador; e contou com a mediação do jornalista Tiago Machado. De acordo com o deputado, o tema foi definido por conta das conseqüências que o novo coronavírus causa e causará ao país. Para ele, o mundo do trabalho e os trabalhadores já sentem os efeitos da pandemia e, com certeza, serão os mais prejudicados por toda esta calamidade sanitária e crises econômica e social.

 

A secretária da CNTSS/CUT concorda com esta visão e declara que este tema tem tirado seu sono. Claudia Franco está falando com grande propriedade, pois, além de presidir o SERGS e ter acesso à realidade do Estado, está na linha de frente no atendimento à população, pois exerce a função de enfermeira. A falta de EPIs - Equipamentos de Proteção Individual para os trabalhadores e as infraestruturas inadequadas das redes de saúde em todo o estado são fatos de uma dura realidade denunciada e combatida diariamente. Diz que são muitos os casos em que profissionais da saúde estão no grupo de risco e permanecem trabalhando. Todas são denúncias que estão sendo judicializadas pelo SERGS para que os direitos e a legislação sejam cumpridos.

 

Clique aqui e veja a íntegra da transmissão:

 

Além destas questões apontadas, a secretária reitera outro problema grave que diz respeito a falta de números corretos sobre a quantidade real de profissionais contaminados pelo Covid-19. Somadas às inúmeras queixas que recebemos sobre a falta ou má qualidade de EPIs e até as empresas que forçam o uso destes produtos por um tempo bem maior do que o recomendado, há ainda esta denúncia sobre a subnofiticação de casos. “Nós temos 868 colegas afastados por coronavírus no Grupo Hospitalar Conceição, extraoficialmente porque não existe informação aberta. Este número é só no GHC. É uma informação que não vem pelos meios oficiais. Porque a gente não tem informação oficial. Nós ficamos trabalhando no escuro com denúncias que o pessoal faz com muito medo de chegar ao sindicato para que não haja represália,” aponta a secretária.

 

Cláudia Franco afirma que tenta furar o bloqueio da falta de informações fazendo parcerias. Uma delas é com o Coren – Conselho Regional de Enfermagem. A entidade possui ouvidoria e tem recebido vários questionamentos. Outra dificuldade do Sindicato tem sido a de que sejam feitos testes para controle de contaminação entre os trabalhadores. “O protocolo para teste do Covid-19 tem apresentando muita dificuldade. Começou com todos os profissionais da saúde com sintomas. Agora pede que, além dos sintomas iniciais, também apresente febre. Muitas das pessoas são assintomáticas e não têm febre. Critério de ter febre é surreal. Até para entrar nos espaços estão fazendo a medição. Mas isto não diz nada. É uma bomba relógio,” sentencia.

 

Foi evidenciado no debate que há dificuldade em fazer a relação da contaminação com Covid-19 com doença profissional. “O Sindicato está atento a esta situação e se coloca à disposição dos trabalhadores para acompanhar estes casos. O Covid-19 passou a ser considerada doença ocupacional. Mas existe muita dificuldade de fazer esta notificação. Tem um número imenso de profissionais afastados pelo coronavírus, mas não recebemos esta notificação. Nem todas as doenças ocupacionais são fáceis de identificar e provar. Quando o trabalhador tem uma doença, diferentemente de um acidente, é difícil provar que tem relação com o trabalho. São as vítimas silenciosas. Precisamos colocar isto em evidência,” menciona Cláudia Franco.

 

 

José Carlos Araújo

Assessoria de Imprensa da CNTSS/CUT

 

 

 

 

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