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Presidente da CNTSS/CUT repudia campanha “O Brasil não pode parar” lançada pelo governo contra a estratégia de isolamento da população

27/03/2020

Bolsonaro se manifesta mais uma vez tentado boicotar a estratégia de combate ao Covid-19 defendida pela OMS; trabalhadores devem procurar Justiça Federal para interromper campanha

Escrito por: Assessoria de Imprensa da CNTSS/CUT

 

O presidente da CNTSS/CUT – Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social e também presidente da CUT – Central Única dos Trabalhadores do Rio de Janeiro, Sandro Alex de Oliveira Cezar, se pronunciou nesta sexta-feira, 27 de março, repudiando a proposta do governo Bolsonaro de lançar a campanha publicitária “O Brasil não pode parar”, com a finalidade explícita de incentivar os brasileiros a retornarem às ruas e voltarem às suas atividades cotidianas. Ou seja, o governo age deliberadamente de forma perversa buscando boicotar a estratégia de isolamento domiciliar adotado por todos os países do mundo na tentativa de combater a proliferação do coronavírus (Covid-19) e, assim, tentar salvar a vida de seus cidadãos e cidadãos.

 

Esta ação de saúde pública de evitar a circulação de pessoas em decorrência da manifestação do Covid-19 é considerada pela OMS – Organização Mundial da Saúde, cientistas, técnicos e profissionais da área da saúde como a medida mais apropriada e eficaz a ser tomada pelos governantes para preservar vidas e permitir ganhar tempo para estruturação das redes de saúde pública e privada visando o atendimento adequado aos cidadãos que irão se contaminar com o vírus. Todos os países que negligenciaram esta medida, tendo a Itália como caso mais triste e emblemático, viram a pandemia sair do controle e o resultado desta atitude impensável é a morte de milhares de cidadãos.

 

O presidente da CNTSS/CUT denuncia o absurdo desta iniciativa do governo federal em um momento em que o mundo e o país estão atuando desesperadamente para impedir o crescimento da contaminação com o coronavírus e assim tentar salvar o maior número de vidas possível. A falácia da campanha do governo de tentar fazer crer que é necessário o retorno às atividades para preservar o país é desmascarada imediatamente na fala do dirigente sindical e também profissional da área de saúde: “Na verdade é uma campanha contra as medidas de isolamento. Contra as medidas que são práticas recomendadas pela OMS – Organização Mundial da Saúde e pelas organizações ligadas a área de saúde do mundo inteiro,” enfatiza Sandro Cezar.

 

É importante registrar que o governo federal lança um instrumento de desmobilização das ações preventivas e de saúde pública justamente em um momento em que a mídia de todo o planeta noticia o “mea culpa” do prefeito de Milão, Giuseppe “Beppe” Sala, que, assim como Bolsonaro e seu clã, desdenhou a força do vírus e apoiou sua decisão criminosa em uma campanha de perfil semelhante a que se estabelece aqui, cujo slogam é muito semelhante: “Milão não para”. Infelizmente parou para chorar por seus cidadãos que tiveram suas vidas ceifadas pelo contágio com o coronavírus em decorrência de uma política mesquinha e desqualificada de prefeito de sua cidade.

 

O dirigente da CNTSS/CUT faz questão de reafirmar que todos os países do mundo estão utilizando a prática de isolamento como solução contra a transmissão do coronavírus. Para ele não há qualquer relação com a realidade dizer que a proposta da campanha e minimizar a crise por qual o país atravessa. “O governo brasileiro lança uma campanha dizendo que isto (isolamento) só vai piorar a vida dos brasileiros. Como se a vida dos brasileiros não estive muito ruim, fruto de medidas econômicas que vem sendo tomadas no Brasil desde o governo Temer, como a desregulamentação do mercado de trabalho brasileiro, com o fim das boas regras trabalhistas e com a criação de uma informalidade monstro que assola todo o país, acabando com o emprego formal e precarizando as relações de trabalho”, denuncia.

 

Sandro Cezar também esclarece que pretende lutar no campo jurídico para inviabilizar esta campanha que prejudica imensamente a população colocando em riso a vida de milhares de brasileiros e que, pior ainda, foi feita utilizando dinheiro público, diga-se de passagem um valor bem expressivo, estima-se em algo perto de R$ 5 milhões. “Portanto, não existe outro caminho para a CUT a não ser ingressar na Justiça Federal com uma Ação para retirar do ar esta campanha que visa desinformar a população. Nós não podemos colaborar ou aceitar esta medida. Nós não podemos, em hipótese alguma, tolerar que algo desta natureza seja feito com o dinheiro público,” afirma.  

 

Não foi a primeira vez

 

Infelizmente não é a primeira vez que Bolsonaro tenta destruir as estratégias e ações de saúde pública para contenção da pandemia em nosso país. Na última terça-feira, 24 de março, um espetáculo grotesco foi presenciado pelos brasileiros em virtude de um pronunciamento em cadeia de Rádio e TV, em que o presidente expunha posições pessoais contra o isolamento domiciliar, indo contra todas as iniciativas das lideranças mundiais, cientistas e trabalhadores da área da saúde. Uma medida desastrosa que coloca em risco a população e os trabalhadores que atuam diariamente na linha de frente para combater o Covid-19.

 

A repercussão deste ato desastroso foi imediato e grande parte da população e segmentos da sociedade se manifestaram contra os absurdos proferidos por aquele que foi eleito para cuidar dos interesses do país e de seus cidadãos. Na ocasião, a CNTSS\CUT divulgou uma nota com o título “CNTSS/CUT repudia pronunciamento de Bolsonaro que coloca em risco a saúde da população e dos trabalhadores que enfrentam a pandemia de Covid-19” repudiando os impropérios proferidos por Bolsanaro e pedindo mais investimentos para segurança da população e dos trabalhadores das diversas categorias profissionais que atuam cotidianamente contra o coronavírus.

 

 

José Carlos Araújo

Assessoria de Imprensa da CNTSS/CUT

 

 

 

 

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