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Arpilleras: Documentário registra luta e empoderamento das mulheres atingidas por barragens

17/10/2017

Filme, que estreia na quinta (19) em São Paulo, denuncia violações sofridas em regiões de construção de usinas.

Escrito por: CUT Brasil, com informações de Norma Odara e Vanessa Martina Silva, do Brasil de Fato

A história de vida, lutas e resistência, das mulheres das mulheres do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) virou filme. Utilizando uma técnica de bordado chilena, elas narram suas trajetórias no documentário "Arpilleras, atingidas por barragens, bordando a resistência".

O documentário estréia em São Paulo na quinta-feira (19/10), às 19h, no cine Caixa Belas Artes, na Rua da Consolação, nº 2423, em sessão aberta ao público.

O longa-metragem foi viabilizado após a realização de um financiamento coletivo. O bordado de arpillera foi usado por mulheres durante a ditadura de Augusto Pinochet, no Chile, para denunciar violações e driblar a censura. No Brasil, a técnica foi ensinada em oficinas realizadas pelo MAB em cinco regiões do país.

O projeto surgiu como uma ferramenta para denunciar, por meio da arte, as diversas violações sofridas pelas mulheres, como conta Neudicléia de Oliveira, da Coordenação Nacional do MAB: "Nós começamos a organizar as mulheres e detectamos que durante o processo de construção das Usinas Hidrelétricas e das Barragens, as mulheres são as que mais sofrem as consequências deste modelo e não têm voz para denunciar".

Em regiões onde hidrelétricas e mineradoras são instaladas, aumentam a violência doméstica, a prostituição e os estupros.

A estudante de agronomia da Universidade Federal do Ceará e militante do MAB, Marina Calisto Alves, é uma arpillera. Para ela, muito mais do que dor, o filme retrata lutas importantes, como a "capacidade de organização coletiva das mulheres, o avanço de consciência política e a autonomia da antiga e da nova geração". 

Ela também avalia como positiva sua presença no documentário. "Participar do filme, como uma das dez mulheres retratadas, foi muito gratificante. Para todas nós, que somos representantes de muitas outras mulheres, foi passear de novo por uma história, com muitas lembranças, dores, alegrias, uma experiência muito gratificante", diz.

O filme foi totalmente produzido e realizado pelas mulheres do MAB, em conjunto com o coletivo de comunicação do movimento.

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