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Enfermagem: adoecimento mental da categoria e a necessidade urgente de valorização

09/02/2023

Entre março de 2020 e dezembro de 2021, morreram no Brasil mais 4.500 profissionais de saúde, segundo a ISP concluiu por meio de levantamento de dados de fontes oficiais

Escrito por: SEESP

 

O adoecimento mental dos trabalhadores da Enfermagem no Brasil tem um impacto que vai além do profissional, atinge sua família, os pacientes e ainda aumenta a sobrecarga de trabalho, na medida em que não há pessoal suficiente para substituir os profissionais.

 

A revista eletrônica Acervo da Enfermagem traz um estudo publicado em outubro/22 sobre a Saúde mental dos profissionais de enfermagem durante a pandemia de Covid-19 no Brasil: uma revisão integrativa, que descreve esses impactos durante a pandemia de Covid-19 no Brasil.

 

O estudo evidencia que os profissionais de enfermagem tiveram maior incidência no sofrimento psíquico durante a pandemia, tendo ansiedade, depressão e Síndrome de Burnout com maior prevalência.

 

Os autores indicam a importância de que os gestores dos serviços de saúde realizem intervenções psicológicas de forma precoce, a fim de proteger  e preservar a saúde física e mental dos profissionais.

 

O estudo mostra  como  fatores  de adoecimento  psíquico, o  aumento  de  carga  horária,  limitação dos  leitos  hospitalares,  exaustão  física,  escassez  de  EPIs,  alta transmissão  hospitalar,  tomada  de decisões  éticas  sobre  os  cuidados  prestados,  a lida  com altos índices de óbitos de pacientes sob seus cuidados, somados à solidão e a saudade de seus  familiares,  isolamento  social  e  medo  de  transmitir  a  doença  para  as  pessoas  do  seu convívio.

 

Fala ainda sobre os efeitos que as precárias condições de trabalho  dos profissionais de enfermagem no Brasil, com relatos de sobrecarga laboral, prejuízos e falta de intervalos para descanso  e  alimentação,  déficit  nas  escalas  de  trabalho,  insatisfação  com  as  exigências  institucionais, desgaste emocional, escassez e/ou falta de EPI ́s, inópia de aparelhos, outros recursos materiais para prestar assistência  segura, adequada  e  dificuldade  de  controle  emocional, sentimento de  impotência,  sofrimento emocional diante a morte dos pacientes, familiares e companheiros de trabalho.

 

Entre março de 2020 e dezembro de 2021, morreram no Brasil mais 4.500 profissionais de saúde, segundo a ISP concluiu por meio de levantamento de dados de fontes oficiais feito pelo estúdio de inteligência de dados Lagom Data.

 

Quanto mais próximos aos pacientes esses profissionais trabalhavam, mais morriam: 70% dos mortos trabalhavam como técnicos e auxiliares de enfermagem; em seguida vieram os enfermeiros (25%) e por último os médicos (5%). Para se ter uma ideia, foram 1.184 enfermeiros mortos, o que pode ter impactado diretamente o atendimento de 21.300 pacientes.

 

O alto número de profissionais afastados e contaminados acarreta na sobrecarga laboral e leva ao esgotamento psíquico da equipe, pois a enfermagem desempenha atividades que expõe o profissional a desenvolver alterações na saúde que se transformam em doenças ocupacionais e interferem na qualidade da assistência ao paciente.

 

Foram referidos por esses trabalhadores, níveis de trauma vicário (fadiga da compaixão), estresse pós-traumático, sintomas e somatização obsessivo compulsivos.

 

O estudo conclui que é de grande importância que os gestores dos serviços de saúde realizem intervenções psicológicas de forma precoce com o intuito de promover proteção e preservação da saúde física e mental desses profissionais.

 

 

 

Fonte: https://bit.ly/3y4qAhK

 

 

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