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Com fechamento do Galba, servidores apontam dificuldades com relotação e adoecimento

28/08/2020

Servidores foram duros nas críticas sobre o processo de transferência dos servidores e exigiram uma solução que não fosse o chamado “jogo de empurra” entre os setores

Escrito por: Sindsaúde MG

 

O Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde (Sind-Saúde) entregou à Fhemig e ao governo estadual uma listagem de servidores lotados no Hospital Galba Velloso que estão encontrando diversos problemas com a transferência depois que a gestão fechou a unidade psiquiátrica. O levantamento ainda não foi concluído e deve ser atualizado nos próximos dias. O Sind-Saúde e uma comissão de trabalhadores do Galba relatou os casos e pediu ao governo uma definição clara e critérios transparentes para a relotação. A pauta foi debatida em uma reunião virtual realizada na segunda-feira (10/08) com a presença de representantes da Fhemig, SES/MG e Seplag. 

 

O governo irá analisar os casos entregues pelo Sind-Saúde e em um prazo de 20 dias dará o retorno em uma nova reunião. Os trabalhadores, com anos de experiência no atendimento à saúde mental e muitos com especialidades na área, foram transferidos ex-officio contra a vontade para outras unidades hospitalares com perfil de atendimento completamente diferente do que foram capacitados. Sem experiência e sem capacitação os trabalhadores sentiram a forma desrespeitosa que a Fhemig impôs a mudança funcional, muitos chegaram a adoecer e apresentaram sofrimento psíquico. 

 

O HGV foi fechado em março com a alegação de que os leitos seriam reformados para ser retaguarda ao atendimento de COVID-19, mas há 4 meses a unidade está em obras e interditada. 

 

A enfermeira Laura Oliveira afirmou durante a reunião que ainda está recebendo os relatos dos servidores que tiveram problemas na adaptação, seja por falta de treinamento com a mudança de perfil ou por adoecimento. Ela disse que os 25 casos que foram entregues hoje ainda não representa o número total de servidores que vivenciam uma situação de desrespeito causada pela mudança abrupta. 

 

“A adaptação não é feita em 3 dias, 4 dias. É uma necessidade de um mês. O que está acontecendo é que o servidor é colocado num setor sem treinamento. Não dá para pedir calma e tolerância para o trabalhador que não sabe seu futuro, que foi retirado dessa forma do Galba. A Fhemig tem que ser clara com os servidores”, afirmou Renata Gomes que é membro da comissão de servidores. 

 

O Sind-Saúde sugeriu que a Fhemig faça uma parceria com a Escola de Saúde Pública (ESP-MG) e que houvesse uma busca para retornar os trabalhadores ao Galba. Alguns servidores que tiveram sofrimento psíquico por causa da pressão de trabalhar em um perfil de assistência distante da sua formação relataram na reunião as consequências que a transferência forçada causou em suas vidas.

 

O afastamento por questão de saúde também aflorou outro drama para os servidores. Ao entrar em licença médica, os servidores têm perda salarial e chegam a diminuir quase pela metade o valor dos seus contracheques. “Qual é a lógica do governo de reduzir o salário de quem está doente? Isso perverso demais”, desabafou Ivanir da Silva que teve um infarto no mês de julho e até hoje não conseguiu retornar ao trabalho que agora não poderá ser na assistência. 

 

Os servidores foram duros nas críticas sobre o processo de transferência dos servidores e exigiram uma solução que não fosse o chamado “jogo de empurra” entre os setores.

 

 

 

http://www.sindsaudemg.org.br/index.php/fhemig/3699.html?task=view

 

 

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