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Sindsaúde MG: descaso do governo estadual expõe situação dramática aos servidores da saúde no combate à Covid

23/07/2020

Sindicato denuncia na imprensa e no próprio Ministério Público e Ministério da Saúde as irregularidades, a falta de diálogo do Governo, e o abandono aos trabalhadores da saúde

Escrito por: Sindsaúde MG

 

Desde o início da pandemia em Minas Gerais, ainda no mês de janeiro de 2020, o Sind-Saúde MG tem acompanhado o descaso total do Governo estadual no combate à pandemia. Logo que surgiu o primeiro caso suspeito no Hospital Eduardo de Menezes, trabalhadores solicitaram insumos básicos e Equipamento de Proteção Individual, o que até hoje falta para os profissionais que estão na linha de frente no combate à pandemia. Depois da propagação do vírus no país inteiro, os casos começavam aumentar também em Minas, onde teve início a quarentena no mês de março. Desde então, o Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde de Minas Gerais denuncia na imprensa e no próprio Ministério Público e Ministério da Saúde as irregularidades, a falta de diálogo do Governo, e o abandono aos trabalhadores da saúde.


A situação da saúde pública em Minas tem sido destaque na imprensa nacional, em decorrência dos sérios problemas que a população e os trabalhadores deste setor vêm enfrentando em função da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). As condições inadequadas de trabalho desses profissionais compõem o cenário desolador da situação no estado.


Em Belo Horizonte, duas unidades de atendimento para tratamento de Covid-19, os hospitais Eduardo de Menezes e Júlia Kubitschek, assim como outras unidades apresentaram problemas dos mais diversos. Foram constatadas situações como a existência de equipamentos essenciais para o tratamento da Covid-19 guardados em espaços do Hospital Eduardo de Menezes, abandonados sem aproveitamento nenhum. Além de leitos vagos, não aproveitados, no Júlia Kubitschek. O que demonstra que o governo estadual não priorizou a saúde desde o início da pandemia.


Os motivos pelos quais tornam a situação em Minas tão caótica, são vários. Todos eles acentuados pelo desleixo da atual gestão e da falta de vontade do governador e gestores de atender às reivindicações dos trabalhadores. Reivindicações estas, que nem precisariam ser feitas, já que muitas delas são dos direitos básicos do trabalhador, e que jamais foram respondidas pelo governo de Minas e gestão da Fhemig. No início da pandemia uma gratificação foi concedida apenas aos médicos que atuam no controle ao Coronavírus, o que é um absurdo, já que técnicos, enfermeiros e outros profissionais também estão na linha de frente, e a saúde é uma equipe multiprofissional, portanto, este ato do governo fere o princípio de isonomia.

 

Outro fato grave, que foi questionado pelo Sind-Saúde em março, e permanece até hoje da mesma forma, é a falta de transparência dos dados referente aos trabalhadores no enfrentamento à COVID-19, até hoje não se sabe ao certo os números oficiais de trabalhadores infectados ou mortos pelo Coronavírus, por exemplo. O que inclusive, já foi questionado e oficializado pelo Sind-Saúde. Problemas como falta de treinamento para os servidores atuarem com equipamentos e procedimentos específicos contra a Covid-19, são recorrentes, o que acaba gerando o déficit de profissionais.


Com a falta do quadro técnico, muitos trabalhadores estão sendo afastados por contaminação ao vírus e há dificuldade para substituição, inclusive por falta de treinamento adequado destes profissionais para atendimento em situações de pandemia. Esta defasagem na capacitação já vem sendo denunciada pelo sindicato há bastante tempo. Some-se, ainda, que as condições de trabalho são precárias, com jornadas exaustivas de trabalho e falta de EPIs – Equipamentos de Proteção Individual adequados na qualidade e na quantidade para garantir os cuidados com estes profissionais.


Para Neuza Freitas, diretora do Sind-Saúde, o desrespeito com a segurança dos trabalhadores é algo comum para o atual governo. Além da falta de EPIs, muitos dos equipamentos não seguiam os protocolos de segurança. “Estavam fornecendo máscaras de tecido. Elas não são consideradas EPIs. A maior aberração foi a entrega de capotes de tecido que, inclusive, eram usados de forma compartilhada, o que foi denunciado por toda a mídia de Minas Gerais. O capote impermeável para o atendimento no combate ao coronavírus é exigência da Organização Mundial da Saúde. No entanto, o governo estava fornecendo capote descartável e não impermeável. Tudo isto aumentou ainda mais o índice de contaminação."


A diretora lembra ainda, que no mês de maio, foi feito um ofício ao Núcleo de Saúde do Trabalhador do Ministério da Saúde, que mandou a resposta solicitando ao governo que cumpra as determinações de segurança.


Durante os meses de abril e maio/2020, várias manifestações aconteceram em algumas unidades de saúde no Estado. Os protestos foram a última alternativa que os trabalhadores tiveram, já que não foram ouvidos pelo governo e nem pela Fhemig. As reivindicações, algumas delas já citadas acima, vão desde a falta de EPIs até o não afastamento de profissionais que são do grupo de risco. Outra cobrança era o retorno imediato do funcionamento do Hospital Psiquiátrico Galba Veloso e reabertura imediata do Galba ortopédico. Os trabalhadores também reivindicavam a participação do Sind-Saúde no Comitê Gestor de Prevenção e Contingenciamento em Saúde, no combate à Covid-19, o que nunca foi atendido pelo governo.

 

 

http://www.sindsaudemg.org.br/index.php/estadual/3677.html?task=view

 

 

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