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Sindsaúde MG: reunião da Mesa SUS propõe solução de conflitos na Casa de Saúde Santa Izabel

25/04/2018

Sindicato esclarece que além do governo, as denúncias foram encaminhadas ao Ouvidor geral do Estado, ao Procurador Geral do Estado e ao Procurador Geral de Justiça

Escrito por: Sindsaúde MG

 

 

Reunião extraordinária da Mesa Estadual de Negociação Permanente do SUS foi realizada na terça-feira, 17/04, na Colônia Santa Izabel, em Betim, para tratar de relações e condições de trabalho na unidade. Estiveram presentes representantes da Secretaria de Estado de Saúde (SES), representantes da gestão da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Seguridade Social (CNTSS), gestores da Casa de Saúde, representantes do Sind-Saúde, trabalhadores da unidade e usuários.

 

O secretário-geral da Mesa SUS, Roges Carvalho, abriu a reunião esclarecendo que a situação na unidade de saúde é de conflito de alta intensidade. Ele também falou para as dezenas de presentes, gestores, usuários e trabalhadores que a reunião extraordinária da Mesa SUS com o diretor da Casa de Saúde, Getúlio Ferreira de Morais, estava sendo realizada após sucessivas tentativas frustradas de resolução dos problemas, passando pela equipe do governo e da Fhemig. “Há grande interesse na solução desse conflito”, pontuou.

 

Houve extrema dificuldade para agendar a reunião conforme apontado pelo assessor do DIGEPE, Adolfo Sales. De acordo com o comunicado aos representantes da Mesa, o diretor da Casa de Saúde Santa Izabel somente poderia atender a reunião da Mesa de Negociação no final de maio de 2018, pois sua agenda é demasiadamente comprometida.

 

A reunião inicialmente foi substituída por uma apresentação de slides produzida pela gestão na tentativa de tirar o foco da pauta principal que imediatamente foi rechaçado para que fossem debatidos os pontos agendados.

 

No decorrer da reunião, foram relatados casos de assédio moral pelos próprios trabalhadores e trabalhadoras que chegaram a indicar nomes de supervisores e do próprio diretor da unidade como assediadores. Uma das trabalhadoras, que denunciou a retirada de equipamentos do hospital estadual para o município de Betim, no mês de agosto do ano passado, confirmou que até os dias de hoje sofre perseguições por ter encaminhado as denúncias.

 

Alguns trabalhadores e usuários chegaram a dizer que muitos não falam por medo. Vários documentos foram protocolados e entregues aos representantes do governo que se confirmam a perseguição direta a quem encaminhou as denúncias.

 

Diretores do Sind-Saúde frisaram que as denúncias foram recebidas pelo Sindicato que começou a buscar solução no governo e na Fhemig sem sucesso até chegar à reunião de hoje. A diretora Neuza Freitas entregou vários documentos reunidos pelo Sind-Saúde que registram os problemas do hospital para os membros da mesa e os demais presentes. Também foi rechaçada a posição do diretor que tentou, por diversas vezes, impedir que trabalhadores ligados ao Sind-Saúde pudessem se manifestar durante a reunião.

 

Alguns usuários idosos que estão na Colônia desde a juventude mostraram-se assustados e manifestaram preocupação com o futuro da Casa de Saúde diante dos conflitos que eles vêm presenciando entre a gestão e os trabalhadores. Outros usuários denunciaram o sucateamento de serviços como o setor de odontologia – com a confirmação do próprio dentista do serviço - que lamentou a situação porque o atendimento na Colônia é tido como referência constando em artigos científicos internacionais.

 

A gestão também foi pressionada em relação ao funcionamento do laboratório que, conforme o bioquímico do serviço, está passando por desabastecimento de insumos prejudicando a realização de exames básicos para a população. O diretor da unidade chegou a ser apontado diretamente por um trabalhador: “Honro a pessoa que você foi, mas não concordo com a forma como você age hoje”, acrescentou que trabalha no hospital desde 2002 e registra que a unidade de saúde passa por retrocesso e deu exemplo do bloco cirúrgico que foi desativado.

 

O coordenador do encontro e secretário da Mesa SUS, Roges Carvalho, sugeriu a implantação da Mesa Local de Negociação Permanente do SUS na Casa de Saúde. O gestor concordou com a instalação da instância de negociação, com gestores e trabalhadores do hospital, depois de ser esclarecido pelo secretário de que não é preciso submeter a decisão da criação da Mesa ao secretário municipal de saúde de Betim e ao Conselho Municipal de Saúde, como defendera.

 

A realização de um seminário para discutir assédio moral foi outra decisão tirada na reunião e deverá aproximar trabalhadores, gestores e usuários da unidade ainda no mês de maio. A ideia de provocar o relacionamento de gestores e trabalhadores na Mesa SUS e no Seminário se mostrou decisiva e obrigatória com a constatação de que os 16 colegiados instituídos na Casa de Saúde Santa Izabel, mencionada na reunião de hoje e confirmada por gestores e trabalhadores não conta com a participação de trabalhadores do hospital e nem de usuários.

 

Foi também estranhado a presença de diversas pessoas levadas pelo gestor da unidade. Alguns nem mesmo eram da comunidade, como um vereador da Câmara Municipal de Betim - que se apresentou como parceiro do gestor. Estranhamente algumas dessas pessoas chegaram a chorar e aplaudir entusiasmadamente o gestor, mesmo sem qualquer motivo.

 

Outro ponto que causou muita indignação foi a apresentação da ordem do diretor de mandar cortar ponto de qualquer trabalhador ligado ao Sind-Saúde. Como contra argumentação, servidores questionaram suas ausências da unidade por viagens internacionais e os abonos de seus dias de trabalho. O gestor respondeu que faz as viagens para divulgar e buscar recursos para o movimento social ao qual pertence.

 

O Sind-Saúde também esclarece que além do governo, as denúncias foram encaminhadas ao Ouvidor geral do Estado, ao Procurador Geral do Estado e ao Procurador Geral de Justiça. Uma das denúncias, inclusive, já tem decisão judicial.

 

O Sindicato convoca a comunidade e os trabalhadores a se manterem mobilizados a pressionar o governo do Estado e a Fhemig para soluções efetivas que se arrastam desde agosto de 2017.

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