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Entidades se manifestam contra a terceirização do Hemocentro de Goiás

14/12/2017

Lideranças lembram que Hemocentro é gestor da hemorrede de todo o estado e constitucionalmente essa gestão não pode ser transferida para uma organização social

Escrito por: Sindsaúde GO

 

O Sindsaúde GO participou, na terça-feira (21/11), do debate sobre a Política de Sangue em Goiás. A audiência pública ocorreu no auditório Costa Lima da Assembleia Legislativa e foi promovida pela Comissão de Saúde e Promoção Social da Alego (CSPS). Em discussão, estava a terceirização do Hemocentro pelo Governo de Goiás.

 

A audiência foi coordenada pelo deputado e presidente da CSPS, Lincoln Tejota (PSD), e contou com a participação do diretor do Sindsaúde e presidente da CUT-Goiás, Mauro Rubem, e da diretora, Luzinéia Santos, que, na ocasião, representou o Conselho Estadual de Saúde (CES). A mesa ainda foi composta pelo procurador do Estado, Rafael Arruda; secretário executivo do CES, Rômulo Alves de Oliveira; superintendente executivo da SES, Deusdedith Vaz e o primeiro secretário do CES, Venerando Lemos de Jesus.

 

Mercantilização da saúde - Para a doutora em Saúde Pública pela Universidade de Montreal (Canadá) e representante das Frentes Nacional e Goiana Contra a Privatização da Saúde, Jacqueline Lima, a entrega do Hemocentro e da sua rede às organizações sociais, preocupa porque “o direito à saúde deixa de ser um direito a partir do momento em que ele vira mercadoria".

 

Jacqueline ainda chamou a atenção para um grave problema que é “a mercantilização do sangue” no Brasil. “Apesar de termos uma Legislação avançada que diz que sangue não se comercializa, estamos vendo grandes empresas privadas enriquecendo e ficando poderosas com a comercialização do sangue. Um sangue que é doado pela população”.

 

Partilhando da mesma opinião, Mauro Rubem, sugeriu que seja feita uma investigação para saber como anda a distribuição do sangue em Goiás. Na oportunidade, ele também frisou que “o servid@r público é competente, mas que falta interesse do Poder Público em fazer com que o Estado cumpra o seu papel”. Ainda de acordo com Mauro Rubem, o atraso na correção salarial dos servidor@s chega a quase 60%, o que demonstra a falta de interesse em melhorar os serviços de Saúde.

 

SUS 100% público - O debate durou toda a manhã e foi acompanhado por vários servidor@s e representantes de entidades sindicais e de movimentos sociais. Para a enfermeira e representante do Coren-GO no CES, Viviane Ribeiro, há muitos motivos para os servidor@s e a população se preocuparem com a gestão terceirizada do Hemocentro.

 

“O Hemocentro, além da execução do trabalho como um banco de sangue, ele também é o gestor da hemorrede de todo o estado e constitucionalmente essa gestão não pode ser transferida para uma organização social. Para além disso, temos visto a realidade das OSs que gerem os hospitais”, ressaltou. Viviane ainda alertou que a limitação de metas presente nos aditivos contratuais representa na prática, “a redução de acesso e de oferta de serviços”.

 

“Esta é uma grande preocupação do Sindsaúde”, manifestou a presidenta do Sindsaúde, Flaviana Alves. “O Sindicato sempre foi contra a terceirização da saúde pública por acreditar que o SUS deve ser 100% público e receber investimentos apropriados. Por isso, defendemos o engajamento de toda a sociedade nessa luta. Não podemos permitir que o cidadão seja visto apenas como um número, conforme a lógica do setor privado”.  

 

 

 

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