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8 de março: dia internacional de luta das mulheres

06/03/2017

Lutamos por uma vida sem violência e para que todas as mulheres tenham sua autonomia garantida

Escrito por: Sindprev AL

 

O 8 de março é a principal data do calendário feminista no Brasil e no mundo inteiro.Nesse ano de 2017, a proposta de uma greve geral das mulheres mostra o crescimento dessa luta em todo o mundo. Também mostra que as mulheres percebem que seus problemas são parecidos em todas as partes.


Nós, da Marcha Mundial das Mulheres, vemos esse chamado à greve como uma proposta que exige um forte processo de preparação e de organização. Estamos acumulando forças para isso: queremos sim uma greve internacional das mulheres.


Nossa luta vem de muito anos atrás. O Dia Internacional da Mulher Trabalhadora, como um dia de luta comum das mulheres em todo o mundo, foi proposto em 1910 em uma conferência de mulheres socialistas. Há 100 anos, em 8 de março de 1917, quando em vários países do mundo se realizavam ações em comemoração a esta data, as mulheres russas deram início a uma greve e, com ela, à revolução Russa.

 

POR QUE LUTAMOS?

 

Afirmamos que as mulheres em movimento mudam o mundo. As mobilizações internacionais se enraízam nas lutas concretas de cada país. No Brasil, para seguir nessa direção, nós mulheres estamos em luta para barrar a proposta de reforma da previdência. Esse governo golpista quer acabar com nossa aposentadoria e com outros direitos da classe trabalhadora. Estamos em luta para recuperar a democracia e por isso exigimos: eleições diretas já!


Lutamos por uma vida sem violência e para que todas as mulheres tenham sua autonomia garantida: exigimos a descriminalização e legalização do aborto.


Em todo o país, estamos juntas nas ruas, com mulheres de todo o mundo, em marcha por igualdade em uma sociedade sem exploração de classe, sem racismo, sem opressão das mulheres, com respeito à diversidade da sexualidade e em harmonia com a natureza.

 

8 DE MARÇO NAS RUAS!

 

Nas ruas, manifestamos as vozes feministas, as resistências e reivindicações das mulheres negras, lésbicas, jovens, sindicalistas, da periferia, dos movimentos populares, do campo, das águas e da floresta.


Enfrentamos o racismo que estrutura a sociedade brasileira e mantém a população negra entre os mais pobres, com moradias e trabalhos precários. Denunciamos o genocídio da juventude negra e a violência da polícia contra os pobres. Reforçamos a luta das mulheres negras que resistem em suas comunidades, como defensoras da vida, da cultura, das práticas de solidariedade, da música, da poesia, da memória.

 

SEM CULPA, NEM DESCULPA: MULHERES LIVRES DA VIOLÊNCIA!

 

Denunciamos a violência dos homens, do Estado e do mercado que atacam as nossas condições de vida. Lutamos pelo fim da violência em todas as suas expressões: dizemos não ao assédio nas ruas, no caminho do trabalho e das escolas, praticado por chefes, professores ou namorados. Nada justifica a violência. Toda a sociedade precisa dar um basta ao feminicídio!

 

NOS QUEREMOS VIVAS, LIVRES E IGUAIS!

 

Por isso, lutamos pela igualdade e pela liberdade. Afirmamos o direito à diversidade sexual e reforçamos a visibilidade lésbica e trans. Nossas sexualidades e nosso prazer não se encaixam em padrões e modelos!

 

O MUNDO NÃO É UMA MERCADORIA: AS MULHERES TAMBÉM NÃO!

 

Resistimos ao desmonte da educação pública e à privatização da saúde. Nas cidades, lutamos por moradia, em defesa dos espaços públicos e comuns. No campo, nas águas e na floresta, resistimos ao agronegócio e às suas empresas transnacionais, que avançam sobre os territórios dos povos tradicionais.

 

SE VOCÊ NÃO LUTAR, A APOSENTADORIA VAI ACABAR!

 

É mentira que não tem dinheiro para pagar a aposentadoria! O governo golpista enviou para o Congresso um projeto de mudança nas regras da aposentadoria. O objetivo central é atrasar o acesso da maioria da população à aposentadoria e diminuir o valor que as pessoas recebem. Por isso, querem que as pessoas trabalhem por muito mais anos e que se aposentem só depois de contribuir por 49 anos!

 

As mulheres ainda enfrentam muita desigualdade no mercado de trabalho: são a maioria entre as desempregadas e entre as que ocupam os empregos mais precários e informais. Além disso, são as responsáveis pelo trabalho doméstico e de cuidados, o que as leva a ficar, por alguns períodos de suas vidas, sem contribuir para a previdência, mesmo que continuem trabalhando – por isso, a maioria das mulheres se aposenta por idade. Essa reforma da previdência aprofunda desigualdades e é perversa com as mulheres. Por isso, estamos nas ruas para barrar essa proposta!

 

É PRECISO AUMENTAR A RESISTÊNCIA E A LUTA PARA FREAR TANTOS ATAQUES CONTRA NOSSAS VIDAS E NOSSOS DIREITOS

 

Seguimos na luta contra o golpe e pela recuperação da democracia e das possibilidades de avançar na construção da igualdade em nosso país. É como parte dessa grande jornada de lutas e mudanças que, nesse 8 de março, nossa voz ecoará por todos os cantos: Aposentadoria Fica, Temer sai! Diretas já!

 

 

Antônio Pereira

 

 

 

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